Ao ocupar um dos lugares mais icônicos da noite paulistana, nos deparamos com o seguinte problema: é possível ocuparmos um espaço sendo saudosistas e resgatando o que não cabe mais na sensibilidade contemporânea?
Acreditamos que não. O antigo inquilino se dedicava ao prazer. Mas o prazer não move o mundo, pelo contrário, o pacifica.
O que nos faz levantar da cama todos os dias é o desejo. E o nosso Cabaret é uma casa dedicada ao desejo, todos os desejos, até os que você desconhecia.
Um cabaré que não se assemelha a nenhum outro. A casa de todos os corpos é onde o seu poderá, finalmente, ser livre para ser e sentir o que desejar, onde a montanha-russa é a sua própria carne envolta em pele.
Se num parque convencional, as atrações prometem provocar borboletas no estômago, arrepios na espinha, suor na nuca e vontade de gritar, por aqui, não será diferente. Exceto pelo fato de os brinquedos sermos nós mesmos – sem qualquer trava de segurança ou limite de peso e altura.
Alguns desses brinquedos irão te provocar incômodos; pode ser até que te façam chorar (não dissemos por onde).
Durante todo o percurso, da entrada à saída, das performances à coquetelaria e gastronomia, dos sons às luzes e vídeo, todos os seus sentidos serão ativados para que, ao fim da experiência, você esteja exalando feromônios por poros até então desconhecidos.
Fantasias à parte, é importante deixar claro que não estamos abertos a comercializar corpos.
Aqui, não se põe preço à carne: ela é gratuita, desde que com consentimento. Maturamos o desejo, não o prazer fast-food.
Preferimos Henry Miller a todos os filmes pornográficos já produzidos.
A casa de todas as casas é
o corpo
A partir daqui, o desejo será seu guia. Não existe nada de mais profundo que a pele.